500 Maiores Empresas - Madeira

Edição do dia 4 Dezembro 2024 da publicação 500 Maiores - MADEIRA
35ª Edição

500 Maiores Empresas - Madeira

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Ricardo Miguel Oliveira
Director

Enquanto alguns se gabam dos sonhos que tardam em concretizar, outros fazem acontecer. E de forma admirável, pois os números não deixam margem para dúvidas: 2023 foi um ano extraordinário para as empresas da Madeira. Superando recordes anteriores, os dados que hoje partilhamos revelam um crescimento robusto e uma trajectória de expansão contínua que posiciona a Madeira como um exemplo de resiliência e dinamismo económico.

Este desempenho é reflexo de uma gestão estratégica e inovadora, acompanhada pela capacidade de adaptação às exigências de um mercado global cada vez mais competitivo, mesmo que por vezes incerto. As empresas da Região têm mostra do que, com determinação e visão, é possível alcançar resultados notáveis num contexto desafiante. E fica claro que a Madeira está a consolidar a sua posição como um polo económico de excelência, onde a confiança dos investidores e o talento local continuam a impulsionar o desenvolvimento sustentável.

Apesar das incertezas, a economia cresceu. Apesar das narrativas, o dinamismo empresarial mostrou-se inconformado. Apesar das cautelas, houve investimento. Apesar da modéstia, os que geraram riqueza, emprego e oportunidades têm razões para festejar.

Assim, alguns dos factos que tentaram ser notícia em 2023 ficam na margem da realidade e apenas comprovam que muitos ódios e invejas mesquinhas foram manifestamente incapazes de travar ou condicionar o saudável atrevimento dos que não se rendem a fatalidades impostas, a percepções infundadas e a desconsiderações incompreensíveis.

A 35.ª edição das ‘500 maiores’ mostra os dados de empresas que no ano passado representavam mais de metade do PIB regional, o que por si só ilustra o peso que têm na economia da Madeira, evidenciando seu papel crucial no desenvolvimento. São resultados obtidos pelo esforçado tecido empresarial madeirense num ano de novos recordes a vários níveis, novamente ditados na sua maioria pela força do Turismo e do Imobiliário, que derramaram em toda a sociedade valor, criatividade esperança.

Os desafios mantêm-se e exigem atenção permanente. Não só em matérias sensíveis, como o contexto político instável, a confusão de poderes e os atropelos à normalidade, a que se juntam as variáveis ditadas pelo contexto adverso num mundo fratricida e à mercê de importantes blocos de interesse, alguns dos quais com responsabilidades na inflação, na subida de taxas de juro, na escassez de mão-de-obra, na dificuldade em cumprir orçamentos e em lidar com a inteligência artificial.

Só que voltamos a constatar a determinação das empresas na adaptação às exigências ditadas pela concorrência e pela economia de mercado. Seja pelo foco na qualidade que implicou novas contratações e redimensionamento de apostas, pelo esforço financeiro que fizeram para segurar os trabalhadores, pelo desempenho meritório dos recursos humanos capazes de apresentar soluções sempre que surgem problemas e que também por isso merecem melhores salários, maior estabilidade e boas perspectivas de progressão nas carreiras.

Os dados que hoje apresentamos, com base em critérios também eles sólidos e transparentes, mostram ainda que a conjugação de várias vontades foi decisiva para consolidar as oportunidades geradas anteriormente, com os bons resultados dos motores da economia regional a contagiarem positiva e globalmente o ambiente de negócios.

Hoje voltamos a celebrar conquistas que contribuem para a grandeza das ‘500 maiores e melhores’ da Região, uma iniciativa que visa distinguir os que têm mérito e apresentam contas certas, dignificar os que trabalham, mesmo com sacrifício acrescido para o bem-estar colectivo, e elogiar a lucidez de vários líderes. A perseverança dos investidores e a força incessante dos que concretizaram estratégias pensadas e amadurecidas deu resultados inequívocos que importa mais uma vez acarinhar e festejar.

Uma celebração complementada pela escuta activa de quem sabe. Este ano vamos ouvir um convidado de excelência, o advogado, político e comentador Luís Marques Mendes, que abordará o tema ‘Os desafios no crescimento da Madeira’, devidamente enquadrados na conjuntura internacional e nacional. Em mensagem enviada quando aceitou o convite da organização das 500 maiores’ definiu que numa conjuntura internacional marcada pela “incerteza e instabilidade” importa “agir com atenção, mas sem resignação”. “O tempo não é de cruzar os braços, mas sim de arregaçar as mangas”, recomendou desde logo.

Essa tem sido a postura assumida durante décadas pela organização desta iniciativa. Para a PREVISÃO, a ECAM, a PKF- MADCONTA, e o DIÁRIO – a que se tem juntado desde 2015 a INFORMA D&B, a única entidade responsável pela pesquisa, recolha e tratamento dos dados – a estima pelas empresas que dão dimensão global à Região, que mexem com a economia real e emprestam notoriedade e qualidade aos produtos e serviços não é passível de ser confundida com frete, bajulação ou teatralização. Mais uma vez, entendemos que a partilha pública dos dados que caracterizam o tecido económico regional é uma informação com valor e uma prova inequívoca da competência insular.

Parabéns aos que deram tudo para ganhar dimensão, nalguns casos, tornando-se maiores do que a ilha que os viu nascer e acarinha. Com dignidade, transparência e vitalidade não só deixam marca registada na sociedade, como contribuem para a economia, aumentando o seu quadro de pessoal, conciliando a liquidez com a autonomia financeira, criando tendências e sendo eficazes.

Neste contexto, voltaremos a distinguir as vezes que forem necessárias os que comprovadamente têm mérito, são atrevidos, denotam resiliência e se posicionam como exemplos a seguir. E que sobre tudo comungam do espírito que preside à missão colectiva, a necessária pujança para que todos possam atingir em cada instante o bem comum e o que há de maior e melhor.