Ricardo Miguel Oliveira
Director
A 34.ª edição das ‘500 maiores e melhores’ vive dos resultados obtidos pelo esforçado tecido empresarial madeirense em 2022, ano de recordes a vários níveis, muitos deles ditados pela pujança do Turismo e do Imobiliário, que derramaram em toda a economia, valor e emprego, ânimo e criatividade. Mas também alguns desafios que exigem atenção redobrada em matérias sensíveis, como a cibersegurança, a que se juntam as variáveis ditadas pelo contexto adverso num mundo mergulhado em guerra e à mercê de importantes blocos de interesse, os mesmos com responsabilidades pela economia marcada pela inflação, pela subida de taxas de juro, pela escassez de mão-de-obra, pela dificuldade em cumprir orçamentos ou até adquirir materiais.
Num quadro de manifesta superação, depois das contrariedades vividas durante o período pandémico e dos medos instalados, e com uma conjuntura mista, voltamos a constatar a determinação das empresas em adaptar-se às exigências ditadas pelo mercado fervilhante. Seja pelo foco na qualidade que implicou novas contratações e redimensionamento de apostas, pelo esforço financeiro que fizeram para segurar os trabalhadores mais qualificados, pelo desempenho meritório dos recursos humanos capazes de apresentar soluções para problemas inéditos e que também por isso merecem melhores salários, maior estabilidade e boas perspectivas de progressão nas carreiras.
Os dados que hoje apresentamos, com base em critérios robustos e transparentes, mostram que a conjugação de várias vontades foi decisiva para consolidar as oportunidades geradas anteriormente, com os bons resultados dos motores da economia regional a contagiarem positiva e globalmente o ambiente de negócios na Madeira. Assim, quem no momento de maior incerteza não hipotecou a esperança surgiu mais forte e mais capaz e hoje volta a celebrar conquistas que contribuem para a grandeza das ‘500 maiores e melhores’ da Região, uma iniciativa que visa distinguir os que têm mérito e apresentam contas certas, dignificar os que trabalham, mesmo com sacrifício acrescido para o bem estar colectivo, e elogiar a lucidez de vários líderes. A perseverança dos investidores e a força incessante dos que concretizaram estratégias pensadas e amadurecidas deu resultados inequívocos e sem precedentes que importa acarinhar e festejar.
Uma celebração complementada pela escuta activa e fundamentada. Este ano vamos ouvir o gestor António Horta-Osório que abordará ‘Os desafios socioeconómicos da Madeira’. Em mensagem enviada quando aceitou o convite da organização das 500 maiores’ assumiu ter “enorme gosto” em participar e partilhar algum do seu conhecimento e experiência como os participantes no evento. Por entender que “o tecido empresarial de uma região desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da economia local, na criação de emprego e no seu desenvolvimento sustentável”, julga que “iniciativas que visam distinguir empresas que contribuem para a prosperidade da comunidade em que se inserem devem ser valorizadas.”
A PREVISÃO, a ECAM, a PKF - MADCONTA, e o DIÁRIO – a que se tem juntado desde 2015 a INFORMA D&B, a única entidade responsável pela pesquisa, recolha e tratamento dos dados - reafirmam a admiração pelas empresas que dão dimensão global à Região, que mexem com a economia real e emprestam notoriedade aos produtos e serviços. Estamos certos que a partilha pública dos dados que caracterizam o tecido económico regional é uma informação com valor e uma prova inequívoca da competência insular.
Acreditamos que, com tamanhos propósitos, para o ano voltaremos a distinguir os que comprovadamente têm mérito, são ousados e se posicionam como exemplos a seguir. A persistência está instalada. Daí que, mais uma vez repita o nosso sonho de sempre, que passa por atingirmos em cada instante algo de maior e melhor.